sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Matutuíne: Melhora acesso à educação e saúde


AS POPULAÇÕES da localidade de Mungazine e do povoado de Hindane, em Matutuíne, Província do Maputo, vão ganhar com as melhorias no acesso aos serviços de saúde e educação, com a abertura ontem de um novo centro de Saúde do tipo II, a ampliação da Escola Primária local e a abertura de dois furos de água. 
Trata-se de acções realizadas no âmbito do projecto de Habilidade Básica Integrada do distrito de Matutuíne, uma iniciativa da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) em parceria com a Fundação CEAR, uma organização espanhola que trabalha nas iniciativas de desenvolvimento comunitário.
No geral, a iniciativa tem como enfoque o melhoramento do acesso aos serviços de educação básica, cobertura dos serviços de saúde pública, água potável e saneamento, aperfeiçoamento das condições de habitação, promoção de actividades de geração de renda e segurança alimentar.
Com efeito, o centro de saúde rural tipo II é composto por um edifício para atendimento externo e maternidade, depósito elevado, duas residências tipo dois para o pessoal técnico, latrinas, fossa de lixo orgânico, sistema de drenagem e vedação.
A ampliação da escola consistiu na construção de mais três salas de aulas, totalizando cinco, a colocação de carteiras, construção de quatro casas para professores, igual número de latrinas, dois tanques semi-enterrados e quatro cozinhas, obras avaliadas em 450 mil dólares norte-americanos, provenientes da Fundação CEAR.
Espera se que as obras venham a servir directamente cerca de 2000 habitantes daquelas duas comunidades que, segundo o administrador de Matutuíne, Mário Bombi, enfrentavam dificuldades no acesso àqueles serviços.
As pessoas eram obrigadas a percorrer mais de dez quilómetros para aceder a uma unidade sanitária na sede do distrito e a escola não possuía condições adequadas para acolher os mais de 250 alunos existentes naquelas zonas”, afirmou Bombi, para quem estas são as primeiras infra-estruturas de raiz a serem erguidas naqueles povoados, daí a necessidade de serem conservadas por forma a beneficiarem mais utentes.
Para a Presidente da FDC, Graça Machel, o projecto abrange outras áreas, com destaque para a de segurança alimentar que facilitou a criação de associações locais e a montagem de campos de multiplicação e demonstração de resultados das culturas resistentes à seca, nomeadamente a mandioca, amendoim, feijão nhemba e abacaxi, numa área de oito hectares. 
Acrescentou que para melhorar a preparação de solos e a abertura de novos campos foram adquiridas e entregues sete juntas de bois com as respectivas charruas e cangas a sete grupos de camponeses, animais que já estão a fazer o trabalho de lavoura com vista a permitir a criação de condições para a melhoria da dieta alimentar da população.